Mensagens

A mostrar mensagens de dezembro, 2009

Time Out 116

Kraftwerk Laia

Frankie Goes to Hollywood

Publicado em Dezembro no Actual do Expresso: Frankie Say Greatest Frankie Goes to Hollywood ZTT/ Universal Welcome to the Pleasuredome Frankie Goes to Hollywood ZTT/ Mbari Nasceram da refrega punk e pós-punk de Liverpool. Os seus dois elementos mais visíveis eram efusivamente homossexuais. Tiveram uma linha de t-shirts (‘Frankie Say Relax Don’t Do It’, ‘Frankie Say War! Hide Yourself’, etc.) que não mais saíram do imaginário pop. Encontraram a casa certa na ZTT, onde foram abençoados pela produção state of the art megalómana de Trevor Horn e pelos manifestos de Paul Morley. Entre 1984 e 85, o êxito desmedido dos Frankie Goes to Hollywood (FGtH) serviu de sublimação da Nova Pop iniciada com os ABC e os Human League. Uma sublimação que deitou mão ao sexo puro e duro (em ‘Relax’), à guerra-fria (em ‘Two Tribes’) e à religião no seu estado mais tocante e kitsch (‘The Power of Love’). A curta vida dos FGtH foi a de um projecto de arte popular destinado a fixar o ar do tempo. A su

Alicia Keys - "Try Sleeping With a Broken Heart"

Time Out 115

Editors Tricky Micro Audio Waves Zoetrope Ed. Autor/ Mbari Nesta caixa negra guarda-se Zoetrope, o espectáculo de música e vídeo e ocupação de palco concebido pelos Micro Audio Waves (MAW) e pelo coreógrafo Rui Horta. Musicalmente, é um momento muito feliz no percurso dos MAW, com um leque de canções synthpop tingidas pontualmente por krautrock, dub e ambient – tudo eloquentemente demonstrado num CD de dez faixas que vale um lugar entre os melhores lançamentos nacionais de 2009. O DVD mostra o espectáculo Zoetrope na Culturgest, numa realização criativa que circula entre os músicos-“actores” e os ecrãs que emparedam todo o palco, debitando imagens de movimentos perpétuos; uma realização criativa, sim, mas que não abafa a sensação que este era um espectáculo para se experimentar ao vivo – e na penumbra.

Lady Gaga

Publicado em Novembro no Actual do Expresso: The Fame Monster Lady Gaga 2 CD Interscope/Universal A nova-iorquina Lady Gaga propaga-se pelo mundo pop somente desde 2008, mas as suas manifestas virtudes (energia criativa, propensão camaleónica, carisma, aparente controlo criativo sobre as coisas em que se mete) e o êxito já alcançado colocam-na nas calmas ao lado dos outros nomes mais marcantes na canção mainstream desta década – Beyoncé, Rihanna, Britney Spears. E com séria probabilidade de se tornar em breve um ícone da pop art para o século XXI, mais David Bowie do que Madonna. “The Fame”, o seu álbum de estreia, é agora relançado com um segundo CD de oito novas canções, quase todas superiores ao repertório mais antigo: são maiores, mais dramáticas e mais sofisticadas, numa progressão lógica da synthpop para televisão & discoteca tal como era praticada na segunda metade dos anos 1980, e quase descartando o r&b que ainda marcava “The Fame”. Muita atenção aos espantosos

Sade - "Soldier of Love"

Saint Etienne - "Method of Modern Love"

Shystie ft. DJ Deekline - "New Style"

Busy Signal- "Da Style Dey"

Girls Can't Catch - "Echo"

House of House - "Rushing to Paradise (Walkin' These Streets)"

A Aberração da Década

Um pedaço de prosa que animou consideravelmente o dia foi a preciosidade abaixo reproduzida do Alex Macpherson sobre "My Girls" dos Animal Collective. Retirado do Singles Jukebox ( link ). Para ler, imprimir em corpo 30 e afixar em pontos estratégicos da cidade. Os sublinhados são meus. Alex Macpherson: I’ve been irked by a fair few artists this year, but usually the reason is an obnoxious persona working in tandem with bad music. With Animal Collective, it’s just the sonics. Like most of what I’ve heard by them, “My Girls” is a seasickness-inducing mess. Flattened-out production which makes the song sound like it’s trying to breathe through clingfilm; the rudimentary electronic bibble which refuses to go anywhere or develop into anything and just keeps hanging there , like a broken car alarm whose owners have gone on holiday; the one-note synthpad passing, badly, for a bassline, which sounds like a baby is crawling over a keyboard. These elements appear to have been lai

2006

Imagem
DISCOS DO ANO – 2006- INTERNACIONAL 1-Burial – Burial 2-Memories of the Future – Kode9 & the Spaceape 3-FutureSex/ LoveSounds – Justin Timberlake 4-Fundamental – Pet Shop Boys 5-Dubstep Allstars: Vol.03 Mixed by Kode9 – V.A. 6-Silent Shout – The Knife 7-So This Is Goodbye – Junior Boys 8-White Bread Black Beer – Scritti Politti 9-Dying to Say This to You – The Sounds 10-Pretty Scary Silver Fairy – Margaret Berger 11-Fizheuer Zieheuer – Ricardo Villalobos 12-Halcyon Days – BWO 13-Orchestra of Bubbles – Ellen Allien & Apparat 14-Idlewild – Outkast 15-Paris – Paris Hilton 16-Under the Skin – Lindsay Buckingham 17-Ta Dah! – Scissor Sisters 18-Tiny Colour Movies – John Foxx 19-House Arrest – Ariel Pink’s Haunted Graffiti 5 20-3121 – Prince 21-B’day – Beyoncé 22-Cassie – Cassie 23-Studio 1 – All Saints 24-Concrete – Pet Shop Boys 25-Morph the Cat – Donald Fagen 26-Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not – Arctic Monkeys 27-The Hard

2005

Imagem
DISCOS DO ANO – 2005 – INTERNACIONAL 1-Taller in More Ways – Sugababes 2-Come and Get It – Rachel Stevens 3-Late Registration – Kanye West 4-Chemistry – Girls Aloud 5-Run the Road – V.A. 6-Supernature – Goldfrapp 7-Human After All – Daft Punk 8-Minimum Maximum – Kraftwerk 9-Oral Fixation Vol.2 – Shakira 10-The Emancipation of Mimi – Mariah Carey 11-Robyn – Robyn 12-Theatre Royal Drury Lane 8 September 1974 – Robert Wyatt 13-Hey Let Loose Your Love – The Focus Group 14-Barrio Fino – Daddy Yankee 15-OK Cowboy – Vitalic 16-Confessions on a Dance Floor – Madonna 17-Prototype – Bodies Without Organs 18-Thrills – Ellen Allien 19-We Are Monster – Isolée 20-Playing the Angel – Depeche Mode 21-Are You Really Lost – Matias Aguayo 22-The Campfire Headphase – Boards of Canada 23-Aerial – Kate Bush 24-Tales from Turnpike House – Saint Etienne 25-LCD Soundsystem – LCD Soundsystem 26-In at the Deep End – Roll Deep 27-Tomorrow, Tomorrow & Tomorrow – Bill Fay Group 28

Dizzee Rascal

Publicado em Novembro no Actual do Expresso: Tongue N’ Cheek Dizzee Rascal Dirtee Stank Dizzee Rascal, génio encartado, já pouco ou nada quer do grime. Do género saído das ruas de Londres para a vanguarda musical desta década há neste seu quarto álbum pouco mais do que a métrica e o sotaque britânico aplicados ao rap e a sua incrível voz simultaneamente chorosa, inane (elogio) e poderosa. “Tongue N’ Cheek” é um tratado para pistas de dança onde cada faixa forma o seu próprio universo. Abre com um momento de transcendência chamado ‘Bonkers’, menos de três minutos de um ataque concertado à coluna vertebral e ao cérebro, mais uma experiência neurológica do que uma canção, produzida por Armand Van Helden, experiente produtor americano de house, electro e garage que assim arranja uma merecida e inesperada via para regressar ao topo das tabelas de vendas. ‘Dirty Cash’ opera um flashback até à era em que a pop ia para a cama com o acid house, e os singles ‘Dance Wiv Me’ e ‘Holiday’, am

Time Out 114

Margaret Atwood Hercules and Love Affair Rihanna

Walter Jones - "Living Without Your Love"

Stush - "We Nuh Run"

The Cast of Glee - "Don't Stop Believing"

Timberlee ft. Tosh - "Heels"

Marina & The Diamonds - "Hollywood"